quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Desenho em um Curso de Desenho - Parte IV

Em nossa escola de desenho, temos também o outro tipo de aluno; aquele que chega até aqui já com uma Linguagem Gráfica própria, mas deseja aprimorar seus conhecimentos e técnica.

Dentro deste perfil, temos duas divisões básicas:

1 - O desenhista que construiu sua Linguagem Gráfica através do conhecimento técnico de desenho.
2 – E o que chegou a esta Linguagem Gráfica de maneira intuitiva.

Se os que chegaram a este resultado gráfico pela via intuitiva procuram nosso curso de desenho é porque, normalmente, já se convenceram de que o resultado intuitivo pode ser aprimorado pelo técnico. E os que construíram sua Linguagem Gráfica pela estrada técnica querem aprimorar seu conhecimento.

E aprimorar, muitas vezes significa dar alguns passos para trás... Voltar um pouco para conhecer melhor.

Geralmente os que já perceberam os benefícios do estudo técnico estão mais abertos a darem estes passos para trás... Já os que entram em nosso curso de desenho pela via intuitiva podem ficar preocupados com este tipo de proposta, por medo de perder suas características gráficas à medida que o curso de desenho progride.

Ambos os casos, quando chegam ao nosso curso de desenho também desenvolveram vícios, desta vez adquiridos por soluções gráficas a que o desenhista já se convenceu como certos, ou se acostumou ou acomodou. Com o tempo, este tipo de desenhista também tende a esquecer ou passar por cima dos conhecimentos básicos de desenho, de ESTRUTURA ou mesmo de seu próprio trabalho, justamente porque já se convenceu de que sua maneira de desenhar lhe basta, e esta certa.

Também para ambos os casos, nosso curso de desenho mantêm a preocupação de não engessar, ou prejudicar a manutenção das características da Linguagem Gráfica própria do desenhista, com o estudo mais rígido dos fundamentos do desenho.

Nosso curso de desenho propõe então um retorno às bases do desenho, ao estudo de ESTRUTURA.

Para aquele que criou sua Linguagem Gráfica de maneira intuitiva, instintiva, este estudo é altamente proveitoso, porque ajuda o artista a entender de maneira consciente como sua Linguagem Gráfica funciona. Como ele ESTRUTURA sua figura. E entendendo sua própria linguagem, o caminho é levar este estilo, esta linguagem a um avanço significativo. Por isso é importante ele se propor ao retornar do estudo da base. Então, a intenção não é afastá-lo de sua Linguagem Gráfica própria, ou modificá-la, mas sim voltar à base para entende-la.

Para os que fazem nosso curso de desenho tendo construído sua Linguagem pelo caminho técnico, a idéia é fazer com que, através do estudo de ESTRUTURA básica, a entendam melhor porque ela define boa parte das características de seus estilos. Se eles se permitem isso, verão como compreenderão melhor e mais profundamente suas Linguagens Gráficas.

Em nossa escola de desenho, portanto, essa “interferência” tem unicamente como objetivo quebrar vícios que a própria definição, ou estrutura da Linguagem Gráfica do aluno possui, e que, em muitos sentidos são as bases primordiais e definidoras dessa Linguagem Gráfica pessoal. Ou seja, as soluções gráficas que o artista usa, são parte estrutural do desenvolvimento do próprio estilo. E, muitas vezes, precisamos reestruturar essas bases... O que, muitas vezes pode levar a uma “destruição” do estilo para depois reestruturá-lo de forma muito mais consistente.

Então, para os que desejam evoluir em seu desenho, se proponham ao estudo de ESTRUTURA e ACABAMENTO. Mesmo que já tenham um estilo... E se ainda não têm um, considerem o estudo como uma das formas de chegar até.

Estamos aqui.

Marcelo Campos
Diretor


Desenho em um Curso de Desenho - Parte I

Desenho em um Curso de Desenho - Parte II

Desenho em um Curso de Desenho - Parte III


Conheça o nosso curso de História em quadrinhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário